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Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Esta noite sonhei com amigos...


Esta noite sonhei com amigos…

ríamos das ditas verdades

aplaudíamos mentiras sinceras

realizávamos encontros, abraçando velhos planos


Esta noite sonhei com amigos,

dizendo tudo o que pensávamos,

Lembrando de anos passados, seus reflexos

Idealizando tempos futuros e nos desejando como agora:

satisfeitos com quem somos,

nos reconhecendo em nossos espelhos


Esta noite sonhei com meus sonhos...

Onde ainda posso aquilo que penso

Onde sempre penso aquilo que realizo

Onde realizo apenas o que desejo


Sonhei meus sonhos reais, possíveis

Confusos e humanos, como um grande amor turbulento

Doces e sutis, como um pequeno bocejar em uma manhã quente

Luminosos e Infinitos, como o brilho de estrelas inexistentes


Esta noite sonhei com amigos...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Vida

VIDA


Perfume de rosas desbotadas,

como a luz embaçada de uma manhã nublada de verão

imagem desfocada de pássaros tontos,

como música desafinada soando em meio ao caos urbano,


tudo destoa,

nada esta onde deveria

pensamentos sem sentido

sentimentos sem razão.


As vias obstruídas

A visão embaçada

A mente perdida

O coração exaltado.


Perdida em sua própria casa

A menina se sente envolta em névoa

Dorme acordada em seu sonho impossível

Acorda, rindo de uma vida não planejada.


Perde sentidos,

Encontra caminhos,

Recorda o que nunca encontrou

Esquece o que nunca lembrou


Aprendeu a ser aquela que apenas tocou

Corações e almas que passaram por seus sonhos

Descobriu que foi a que deixou marcas

Em objetos observados por suas noites em branco


Perdeu o caminho da realidade descrita,

Achou o destino dos pensamentos perdidos,

Atravessou, como uma flecha, o muro de ilusões despedaçadas

E se tornou aquela que nunca acordará do que chamam, VIDA.




quinta-feira, 8 de maio de 2008

Acordar...


Um acordar ao som de um regato,

ao som empolgante dos pássaros,


acordar sentindo o calor suave de um filete de luz

a aquecer a pele sonolenta,


acordar de sonhos, sem os deixar de sonhar,

sem deixar a sensação enevoada,

inebriante e aconchegante dos sonhos se esvair,


sem deixar que a luz,

o chão frio e o amargor do café

contaminem com sua dureza

a leveza da sensação de fechar os olhos

e voltar a sonhar.