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Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Alento
















Poder segurar o tempo com as mãos
e jogá-lo como sementes aos pássaros
para que, todo, seja consumido,
para que, de bico em bico, ganhe sentido

Ocupar todos os espaços com pinceladas de aquarela
e escorregar por entre suas cores
misturando todos os traços
até que não exista mais fronteira entre cada abraço

e perder-se pelos caminhos,
percorrendo luzes e sombras,
entre tempestades e calmarias

Vertendo incontáveis lágrimas
catando migalhas de sonhos
tal qual vento sul afeta vidas e pescarias


Pedaços brilhantes de sonhos perdidos
misturados ao sopro dos ventos
pousados em cada canto esquecido
florescendo, em cada coração, um alento.