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Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Chão e asas...



Qual tartaruga, carrego meu mundo nas costas,
recolhida, protegida dos perigos passantes, espio fascinada o movimento do que reside lá fora,
encontro meu porto onde meu coração bate forte
e meu aconchego nos braços e abraços dos que nele residem.

Qual borboleta, sei o que é ser lagarta e ter os pés fincados no chão úmido e firme,
viver segura e conformada em meu casulo necessário
e, em um renascer doloroso, ganhar mundo, suas cores, incertezas e imensidões,
quando de asas ao vento, encontrar e perder todos os caminhos.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Choro...

Chorei, ao ler belas palavras de amor e de liberdade escritas por pássaros, chorei ao abrir um presente que veio de longe, e que me abraçou o coração com tal mansidão que o aqueceu, liberando nos olhos lágrimas de alegria e saudades.
Chorei, quando fui tomada por lembranças, sentimentos e sensações. Chorei olhando fotos, lendo poemas, lendo diários que outros olhos pequeninos olharam e escreveram tempos atrás... chorei por me descobrir aqui dentro, escondida, e por me achar perdida, agora que me deixei sair...
Chorei de alegria ao acordar com um alô saudável e feliz do outro lado, depois de uma noite de monstros e medos.
Choro quase todos os dias, nem sempre de dor, nem sempre de amor, por vezes de emoção banal, simples catarse ficcionária, outras de uma intensidade atroz, de arrancar de dentro, lá do fundo, de vergar o corpo, de embaçar os olhos e óculos.
Choro tanto, e choro mesmo. E gosto disso, de me permitir transbordar, antes que me afogue seja em que sentimento for. 
Transborto e depois navego - mais leve - para onde minhas águas me deixarem chegar.