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Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Por onde eu for...

Por onde eu for, que me acompanhem os pássaros...
Eles levam sonhos no bico e a leveza nas asas.
E desejo leveza e sonhar, e asas para que me ensinem a voar.

Por onde eu for, que me acompanhe o vento,
Para que eu siga suave como brisa fresca
E esteja preenchida com a força do tempo.

Por onde eu for,  que me sigam meus passos,
Certos de que, seguindo, constroem caminhos
Esperançosos de que permaneçam em meus rastros.

Para onde eu for, que me recebam outros braços
Presentes na despedida dos finais de caminhos,
E na acolhida pela chegada, aninhada após o cansaço.

Por onde eu for,
Em cada encontro bonito
Que me sigam os amores construídos
Que venham comigo, morando em meu peito  todos aqueles por quem meu coração foi tocado.  <3 p="">

domingo, 18 de março de 2018

Flutuando

Silêncio
Chiado baixinho
Sob você,  vida em movimento
Pulsar sereno, constante

Acima,
todas as coisas,
o céu,  a luz,
Imensidão brilhante.

Deixar fluir, 
Deixar-se ser
Deixar seguir
Num flutuar errante

Entregue
Atenta
Consciênte
Alerta

Deixar-se ser o que se é
Retomar planos
Reorganizar metas
E mesmo assim, solta,  certa.

O perdoar-se como prioridade
Perdoar o outro,
simples,
mera formalidade.

Livre dos pesos da culpa, 
Flutuar é o que importa
Aproveitando o embalo da onda
Aguardando a próxima parada

Aportar mais uma vez,
mas de olho no vento
Pois para zarpar, 
basta a vela pronta.

sábado, 3 de março de 2018

Só coração

Eu sou só coração
Coração e esperança. 
Encantamento com um gesto gentil.
Calorzinho no peito com um sorriso de cumplicidade .

Sou inteira coração
Pulsa intensamente no beijo recebido
Da delicadeza tira brilho
Do toque breve arrepio.

Sou coração e bato acelerado.
Insano e sem filtros que o impeçam de querer ser dado.
Vive sozinho,  batendo separado
Mas sonha ser junto, quase transplantado. 

O sentir, só!

Sentimento indistinto
Guardado no olho
Alijado do verbo
Como garoa no estio

Sentimento tão terno
Vestido de horas
Dançando no tempo
Entre chegar e ir embora

Sentimento sereno

Claro como observação atenta
Construído de pequenos momentos
Das lembranças inventadas
De um tempo sem memória. 

Posto em silêncio
Lindo como poderia ter surgido
Suave como o passar do tempo
Angustiante como nunca ter sido

Sentir assim, tão intenso
Tão quieto como nascem tempestades
Frustrante como plantar desejos
E colher saudades.