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Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dilúvio

Um dilúvio é como sou.
Me derramo em mim mesma;
me excedo, sendo mais do que deveria;
me ultrapasso, deixando pedaços de mim pelo caminho;
implodo, mergulhando até o centro do meu universo.
Onde sou o centro do meu universo.
Sou o meu centro e estou inteira em mim.
Onde começo
e me acabo!

Momento...

Um momento de escuridão pode ser um momento de mentes acesas, onde todas as distrações nos são negadas e o foco passa a ser o que interessa, eu.
Não aquele eu egocêntrico, que me torna o centro de todos os universos, aquele eu que importa, que me torna o centro do meu universo, o início e o fim de todas os meus problemas, frustrações e alegrias.
Um momento de escuridão me faz enxergar melhor, me faz perceber que ser o centro do meu universo é ser o meu centro, é estar inteira em mim, e portanto inteira para o mundo. Me faz depurar cada cantinho escondido do meu ser complexo e deixar intocados outros tantos que explorarei em outras infinitas vezes em que vier a me encontrar nessas profundidades.
Revelar nossos monstros, conversar com eles, descobrir que eram pequenos, transformados em gigantes pelas sombras projetadas em nossas cavernas pessoais e deixá-los partir, são processos necessários e possibilitados pelo encontro com o nossa escuridão.
Mergulhar nesse universo, utilizá-lo para crescer, aprender com ele, é na verdade o grande aprendizado que viemos receber nessa vida, nesse mundo de grandes provas.
Os fortes não são os que batem, mas o que ouvem e enfrentam seus monstros, os que conseguem ouvir em seu silêncio interior o imenso universo complexo que temos a explorar, e que precisamos descobrir.
Visitar essas profundidades pode ser muito dolorido, é muito dolorido, mas a dor de se conhecer verdadeiramente e perdoar-se, e aceitar-se como é, com suas luzes e sombras, transforma-se em alívio rapidamente, e em beleza, porque apenas nos conhecendo plenamente e aceitando cada traço de nossa essência, é que podemos ser livres e escolher ser melhores.
Não se muda o que não se sabe, o que não se admite, o que não se conhece.
Um momento de escuridão, pode ser o grande passo para que se descanse os olhos de tantas interferências para que, conscientemente, se encontre a luz. E encontrar a luz conscientemente, em poder do que te pertence verdadeiramente, você mesmo, é, deve ser, o momento pleno que tanto procuramos, o momento sublime, onde tudo faz sentido e onde decidimos como traçar os próximos caminhos.

domingo, 4 de maio de 2014

???

Não sei, de mais nada,
do que penso, do que quero, do que sou.
Nunca soube, sonhei que sabia.

Agora sonho em ser, sem sabê-lo...