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Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Desejos...

Desejo coisas, muitas,
verdade nas palavras ditas,
outras tantas sombras pelos caminhos
a refrescar o calor da jornada

Desejo sonhar,
sonhos bem doces e suaves
como amanheceres cor de laranja
Passos seguros que me levem
pelos caminhos que eu escolher

Desejo amigos,
verdadeiros, risonhos e humanos
com seus defeitos irritantes e qualidades deliciosas
que me façam rir quando estivermos dispostos
e que me deixem deitar sobre seus colos lágrimas, quando necessárias

Farei o mesmo por eles

Desejo sensatez de pensamento
Beleza nos olhos
Destreza nos pés

Desejo dançar quando a musica se apresentar
Leveza na alma para me desfazer das amarras
reconhecer a luz nos olhos do outro
e abraçá-lo de olhos fechados e coração aberto.

sábado, 27 de novembro de 2010

olhos em sombra...

Tristeza em olhos sem luz
Sombras em sonhos tortuosos
Palavras mal ditas
por sonhos mal postos

Destroçou verdades
criou suas próprias
sonhou grandes caminhos
bloqueou a passagem

Sem saída,
não olhou para dentro
e implode sozinho

Triste sorriso
grande pesar
aprendizado penoso
pedras sob seus passos

Olhando para dentro,
encontra pouca luz,
mas reacende, aos poucos, o olhar
e retoma o caminho...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DURMA!!!

Dorme a menina,
Acreditando nas dores do mundo
Tateando em busca de alívio
Com o peso da alma a apertar o peito

Dorme menina
Que o seu fechar de olhos abra caminhos
Que o acordar adormeça as angústias
E o coração mais leve lhe cure as feridas

Amanheça menina,
Experimente sorrir e lembrar de si mesma sonos atrás
Retome seus planos
Torne a sonhar

Levante a cabeça
Mergulhe pra dentro
Olhe à sua volta
E enxergará luz!

Acorda menina rara
Os dias passarão rápido
Os olhos secarão logo
A vida te espera, ansiosa

Pronta para embalar seus próximos sonos
E para amanhecer em seus dias luminosos

Para que seus sonhos te mostrem como é belo e gostoso
Seguir em frente
E aguardar o próximo amanhecer...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

FLUINDO















Como um rio
me vejo fluindo sem rumo
perdendo improváveis desvios
vertendo incontáveis soluços

Como um rio
me percebo sem fundo
lançando meus braços ao redor
procurando tatear o mundo

Sem fundo e sem fim,
É como me sinto
Correndo em busca do infinito
Sorvendo cada gota que há em mim

Viajo, e me sinto em casa
Passeio, e o mundo é meu quintal

Sonhando com todos os destinos
Consigo alcançar meu prumo
Percorrendo todos os caminhos
Vou seguindo, a buscar um Rumo

Onde minhas águas se tornem serenas
E o remanso abrace árvores plenas
Onde possa encontrar meu canto
E sentir aquecendo em fogo brando

Meu refúgio se transformando em descanso
Para pés que se queiram refrescar
Onde o fluir seja mero balanço
Para corpos que decidam repousar.

QUISERA

Olho à minha volta e vejo paredes,
quisera ver céu,
Percebo tudo que me toca e sinto frio,
quisera sentir calor

Quisera tudo fosse como sonhado,
Quisera todos permanecessem ao meu lado,
Quisera a vida seguisse sem rumo certo,
Apenas passando sem deixar recado

Quisera os sonhos fossem feitos de nuvens,
E as estradas acarpetadas de livros,
Que as pessoas voassem aos bandos,
Esvoaçando seus belos vestidos

Quisera eu, criar meu próprio mundo,
Onde tudo fosse como um sorriso,
Onde as paisagens não precisassem ser protegidas,
E as verdades nunca fossem esquecidas

Quisera o cantar se tornasse hábito,
E o amanhecer espetáculo aplaudido,
Que em todas as noites houvesse truques de mágicos,
Para que o adormecer fosse mistério resolvido

Quisera eu, ter todas as respostas,
Para que pudesse inventar mais perguntas,
Quisera o amor presente em todas as portas,
Apenas esperando, fossem atendidas.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Exposição Universo Feminino

















Minha primeira exposição, de fotos e poesias...
Eis uma pequena amostra, espero que gostem!!!
Quem achar que vale a pena levar pra sua cidade é só me contactar.

beijos poéticos

Mariana

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Espelho de Alice...

O abrir das janelas descortina belas paisagens dentro
O abrir de olhos nos revela os recôndidos da bela escuridão real
cada palavra contém, entre suas sílabas, átimos de silêncio
Novas paisagens em novas manhãs, tudo parece igual

Tudo é o oposto do que se pensa,
nada passa e tudo permanece claro
somos reflexos desbotados de nossos velhos espelhos
e olhamos para a frente para enxergar o passado

Sonhamos em ser reais
realizamos imaginações
nos tornamos o que um dia esquecemos
perdendo coisas que não nos pertencerão

Somos o espelho de Alice
Somos o reflexo de Narciso
Somos inteiros com muito espaço a preencher
Somos pedaços dos caminhos que precisamos percorrer

Olhando pelo lado contrário, somos verdadeiros
Tornando a olhar pelo espelho, estamos do lado contrário
Perdendo as amarras permanecemos atados
Voando atrás dos sonhos, perdemos parte do caminho

Somos o espelho de Alice
onde sonhamos ao avesso
onde tomamos caminhos tortos
e nos encontramos onde estava o começo...

sábado, 1 de maio de 2010

Onde eu possa...

Eu quero uma casa no campo,
onde eu possa escutar o silêncio da noite,
onde eu possa sentir o cheiro do mato e de meus pensamentos mais saborosos

eu quero uma vida no campo,
onde possa ser tão livre quanto nuvens em flor,
onde possa andar tão simples quanto pássaros enamorados,

Onde possa dormir abraçada comigo mesma,
e acarinhar a cada momento o meu canto,

Onde eu descalce meus pés para aquecê-los,
e agasalhe meu coração para refrescá-lo

Eu quero uma casa no campo,
Onde eu possa colher amigos,
sonhar com meus livros,
sorver meus discos,
e nada mais...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Frases Insones

Vejo o escuro da noite e o prefiro à cegueira do dia.

Sonhando acordada, imagino as decisões que tomarei dormindo.

Medo, q dói nas entranhas e impede os movimentos.

Sombras sempre são necessárias para que se perceba a luz.

Indecisões permanentes. Onde sou eu? Dentro? Pq insisto?

Não me preocupo, nunca desisto, sempre acredito, às vezes duvido....

e permaneço acordada...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A menina / parte 1

Silêncios internos, saudades intensas,
sono profundo em horas erradas,
olhos abertos em noites escuras

De coração cheio, a menina se vê com olhos brilhantes no espelho
Provocados por lágrimas e esperança

O corpo moído, a cabeça como que a explodir, olhos de areia,
Sonhando em dormir

Sentindo as dores do corpo e do mundo, a menina olha para dentro e vê luz,
toma o caminho mais próximo e nele encontra a si mesma,

Cansada de lutas vãs, sente o peso da alma
e resolve mergulhar em lençóis macios e cobertas fofas...

Algum dia adormecerá!

quisera...

Olho à minha volta e vejo paredes,
quisera ver céu,
Percebo tudo o que me toca e sinto frio,
quisera sentir calor!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Hoje...

Luzes acendem,
sombras me refrescam,
o dia permanece azul e ligeiro

Sonhando com o sorriso mais sincero
perdendo as amarras pelo caminho
pulando toda a face mais obscura

Vejo luz
vejo cor
vejo saída

e tudo o que era belo, permanece
tudo o que era são, enlouquece
tudo que era dor, esvanece

Hoje é melhor do que foi,
hoje sou melhor do que fui,
crio alívio em mim mesma
abro os braços e tudo flui

Sonho verdades acordadas
acredito no que posso imaginar
corro sob nuvens bem pesadas
e durmo abraçada ao luar.

Sem fundo...















Como um rio
me vejo fluindo sem rumo
perdendo improváveis desvios
vertendo incontáveis soluços

Como um rio
me percebo sem fundo
lançando meus braços ao redor
procurando tatear o mundo...

domingo, 28 de março de 2010

Ser

Ser completo e penetrante,
entrou em meus sonhos e se tornou um deles,
entrou em minha vida e inverteu as expectativas,
saiu de um roteiro de sombras e trouxe luz.

Vertendo lágrimas. perdemos o caminho
esbanjando gozo, crescemos sozinhos
fomos passando, vivendo, deixando
transformando a vida em um leve pulsar.

Viajo para lá
e lá vou ficando
perdendo sonhos pelos caminhos
dormindo em ninhos de passarinhos

Bebendo gotas doadas pelos céus,
sigo perdida em sonhos nossos
sorvendo o leve sorriso na brisa,
permaneço onde estou e descanço em mim mesma.

O Dia da amiga

Dias em que nos encontramos e matamos saudades dos velhos tempos, de dez, quinze anos atrás, onde bebemos, comemos, rimos de nada, rimos de tudo, nos vemos a sós, sem “nossos” homens, filhos, sobrinhos, pais e mães para nos preocupar e nos censurar.

Dias em que nos vemos livres das travas que os anos e a idade nos exigem que criemos, sem as seriedades que a sociedade nos impõe que tenhamos, sem o bom comportamento e bom exemplo que nossos filhos, sobrinhos, afilhados, nos exigem.

Falamos, falamos e falamos, e rimos muito, fazemos caretas, nos abraçamos, nos contamos segredos e dizemos verdades, desabafamos, gargalhamos umas das outras, umas com as outras, umas contra as outras.

Tiramos fotos secretas, que apenas nós podemos ver, mostramos coisas secretas, que apenas nós podemos saber, dizemos coisas absurdas, que apenas nós podemos ouvir.

E gargalhamos de tudo isso.

E quando finalmente acaba a noite, voltamos para nossas casas, com as bochechas coradas e doendo, com o coração pulsando e cheio de afeto e carinho por aquelas pessoas que há tanto tempo fazem parte de nossas vidas. Que podem sumir por um tempo, podem estar ocupadas demais com suas vidas, com seus trabalhos, filhos, maridos, com seus novos amigos, mas que volta e meia nos dão um telefonema rápido e gostoso, e estarão presentes nos momentos importantes, nos momentos em que realmente precisarmos.

E o mais importante de tudo, podemos sempre contar com elas!

De Novo!!!









De novo,

mais uma noite sem dormir,

cheia de lembranças do passado

cheia de grandes planos para o futuro

povoada de medos, inseguranças, ansiedades

regada a sangue quente

plena de suor frio


De novo,

nova fase de noites brancas

cabeça cheia

cama vazia


La fora, o calor da noite superaquece

os infelizes que dormem,

aqui dentro, o vento gelado me diz

como é triste acordar sozinha.


Por isso não durmo,

para não ter que acordar,

para não lidar com a vida,

e seus falsos sinais

de esperanças perdidas.


Por isso não fecho os olhos,

para não enxergar além

da concretude que me cerca,

para que eu, que moro aqui dentro,

continue achando perguntas

e procurando respostas no “lá fora”.


E permaneço acordada,

acendo as luzes,

leio palavras escritas por outros,

em suas noites brancas,

escrevo segredos ocultos do mundo,

em meus dias escuros,

e sonho em dormir!!!