VIDA
Perfume de rosas desbotadas,
como a luz embaçada de uma manhã nublada de verão
imagem desfocada de pássaros tontos,
como música desafinada soando em meio ao caos urbano,
tudo destoa,
nada esta onde deveria
pensamentos sem sentido
sentimentos sem razão.
As vias obstruídas
A visão embaçada
A mente perdida
O coração exaltado.
Perdida em sua própria casa
A menina se sente envolta em névoa
Dorme acordada em seu sonho impossível
Acorda, rindo de uma vida não planejada.
Perde sentidos,
Encontra caminhos,
Recorda o que nunca encontrou
Esquece o que nunca lembrou
Aprendeu a ser aquela que apenas tocou
Corações e almas que passaram por seus sonhos
Descobriu que foi a que deixou marcas
Em objetos observados por suas noites em branco
Perdeu o caminho da realidade descrita,
Achou o destino dos pensamentos perdidos,
Atravessou, como uma flecha, o muro de ilusões despedaçadas
E se tornou aquela que nunca acordará do que chamam, VIDA.
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