Olhos dágua turvos de sol
caminham tateando,
descansam de tanto olhar
Olhar pelas beiras do mundo,
pelos cantos que o olho comum não vê
Tocar os encontros felizes,
de tanto se dar, e se perder
Perder a noção do vento
que passa sem deixar tempo
que voa pra qualquer espaço
e some sem deixar rastro
Olhos dágua vêem melhor
por entre a cortina de sonhos e névoas
enxergam o profundo, de luzes e trevas
e encontram tudo, sem olhar ao redor
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