- Mariana Pietrobon
- Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.
domingo, 28 de março de 2010
Ser
entrou em meus sonhos e se tornou um deles,
entrou em minha vida e inverteu as expectativas,
saiu de um roteiro de sombras e trouxe luz.
Vertendo lágrimas. perdemos o caminho
esbanjando gozo, crescemos sozinhos
fomos passando, vivendo, deixando
transformando a vida em um leve pulsar.
Viajo para lá
e lá vou ficando
perdendo sonhos pelos caminhos
dormindo em ninhos de passarinhos
Bebendo gotas doadas pelos céus,
sigo perdida em sonhos nossos
sorvendo o leve sorriso na brisa,
permaneço onde estou e descanço em mim mesma.
O Dia da amiga
Dias em que nos vemos livres das travas que os anos e a idade nos exigem que criemos, sem as seriedades que a sociedade nos impõe que tenhamos, sem o bom comportamento e bom exemplo que nossos filhos, sobrinhos, afilhados, nos exigem.
Falamos, falamos e falamos, e rimos muito, fazemos caretas, nos abraçamos, nos contamos segredos e dizemos verdades, desabafamos, gargalhamos umas das outras, umas com as outras, umas contra as outras.
Tiramos fotos secretas, que apenas nós podemos ver, mostramos coisas secretas, que apenas nós podemos saber, dizemos coisas absurdas, que apenas nós podemos ouvir.
E gargalhamos de tudo isso.
E quando finalmente acaba a noite, voltamos para nossas casas, com as bochechas coradas e doendo, com o coração pulsando e cheio de afeto e carinho por aquelas pessoas que há tanto tempo fazem parte de nossas vidas. Que podem sumir por um tempo, podem estar ocupadas demais com suas vidas, com seus trabalhos, filhos, maridos, com seus novos amigos, mas que volta e meia nos dão um telefonema rápido e gostoso, e estarão presentes nos momentos importantes, nos momentos em que realmente precisarmos.
E o mais importante de tudo, podemos sempre contar com elas!
De Novo!!!
De novo,
mais uma noite sem dormir,
cheia de lembranças do passado
cheia de grandes planos para o futuro
povoada de medos, inseguranças, ansiedades
regada a sangue quente
plena de suor frio
De novo,
nova fase de noites brancas
cabeça cheia
cama vazia
La fora, o calor da noite superaquece
os infelizes que dormem,
aqui dentro, o vento gelado me diz
como é triste acordar sozinha.
Por isso não durmo,
para não ter que acordar,
para não lidar com a vida,
e seus falsos sinais
de esperanças perdidas.
Por isso não fecho os olhos,
para não enxergar além
da concretude que me cerca,
para que eu, que moro aqui dentro,
continue achando perguntas
e procurando respostas no “lá fora”.
E permaneço acordada,
acendo as luzes,
leio palavras escritas por outros,
em suas noites brancas,
escrevo segredos ocultos do mundo,
em meus dias escuros,
e sonho em dormir!!!