
Como um rio
me vejo fluindo sem rumo
perdendo improváveis desvios
vertendo incontáveis soluços
Como um rio
me percebo sem fundo
lançando meus braços ao redor
procurando tatear o mundo
Sem fundo e sem fim,
É como me sinto
Correndo em busca do infinito
Sorvendo cada gota que há em mim
Viajo, e me sinto em casa
Passeio, e o mundo é meu quintal
Sonhando com todos os destinos
Consigo alcançar meu prumo
Percorrendo todos os caminhos
Vou seguindo, a buscar um Rumo
Onde minhas águas se tornem serenas
E o remanso abrace árvores plenas
Onde possa encontrar meu canto
E sentir aquecendo em fogo brando
Meu refúgio se transformando em descanso
Para pés que se queiram refrescar
Onde o fluir seja mero balanço
Para corpos que decidam repousar.