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Produtora cultural, aprendiz de escritora e fotógrafa, devoradora de livros e chocolates, "fazedora" e mantenedora de amigos.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Meu amor, sozinho.

Meu amor é sozinho
Sempre foi.

Daqueles amores que nascem bonitos
E persistem em se jogar no vento.
Daqueles que desejam felicidade errante
E que resistem ao passar do tempo.

Meu amor é feito de sonhos

Constrói afetos em terreno deserto
Semeia confiança onde há somente o incerto
Encontra, abandonados,  em terrenos baldios
O desejo, a esperança , o respirar, o alívio. 

No suspiro constante de tanta alma aflita
No anoitecer suave de um dia de outono
No acúmulo das palavras escritas quando, rolando na cama, se perde o sono.

Ele é suave,
Insiste em existir e desejar beleza
Ele é dolorido,
Pois existe apenas em si, apesar da tristeza.

Ele alimenta, 
Inevitável como o abrir de olhos
em manhã sonolenta.
Ele alivia, 
Suave como brisa fresca
Ao final do dia.

Porque vive em si mesmo
Meu amor é sozinho
Não se basta por desejar estar só
Mas por amar tanto, que inventa seus próprios caminhos.

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